7 Mulheres que marcaram a história da Coreia

Saiba quem foram algumas das mulheres extraordinárias que marcaram a história da Coreia.

O dia 08 de março é uma data importante para lembrar das conquistas das mulheres ao longo da história. Na Coreia, não foi diferente. Muitas mulheres corajosas e destemidas lutaram por direitos iguais, justiça e liberdade em um mundo patriarcal. Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, homenageamos algumas das mulheres extraordinárias que marcaram a história da Coreia, e cujas contribuições para a sociedade coreana são lembradas até os dias de hoje.

Essas mulheres notáveis da Coreia, incluindo artistas, escritoras, ativistas políticas, atletas e até astronautas, deixaram suas marcas na história e são fontes de inspiração para muitas pessoas. Conheça algumas dessas personalidades que marcaram a sociedade coreana com suas realizações incríveis.

국제 여성의 날 – Dia Internacional da Mulher

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신사임당 – Shin Saimdang (1504-1551)

Uma das figuras maternas mais reverenciadas na cultura coreana e também conhecida por ser mãe do famoso pintor da Dinastia Joseon, Yi I. Shin Saimdang foi uma artista talentosa, poeta e calígrafa de sua época. A Era Joseon tinha uma forte influência confucionista e era dominada pelos homens. Apesar de todos os seus talentos serem reconhecidos, precisou esconder seu verdadeiro nome, usando o pseudônimo Saimdang. Foi apelidada de 어진 어머니 [odjin omoni] – “Sábia mãe”- por ser uma boa esposa e mãe. 

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O drama Saimdang, Light’s Diary (também conhecido como Saimdang, Memoir of Colors), retrata um pouco da história da artista, onde uma professora de história da arte encontra o diário secreto de Shin Saimdang.

Em 2009, Shin Saimdang tornou-se a primeira mulher a ser representada em uma nota de dinheiro coreana, com o seu rosto estampado nas notas de 50.000 won, a mais valiosa do país.

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선덕여왕 – Rainha Seondeok de Silla (606-647)

Seondeok foi a primeira rainha da Coreia e governou o reino de Silla por cerca de 15 anos, durante o século VII. Descrita como generosa, benevolente, sábia e inteligente, a Rainha Seondeok, também conhecida como Deokman, é lembrada por suas realizações políticas, como a criação de um sistema educacional aberto a todas as classes sociais, além de suas habilidades como estrategista militar. Naquela época, o reino enfrentava ameaças de seus vizinhos, além de divisões internas. Com suas estratégias, estabeleceu políticas que fortaleceram a economia, a cultura e a defesa de Silla. A Rainha Seondeok é celebrada por sua sabedoria e liderança em tempos difíceis.

Para os fãs de dramas históricos, a história da Rainha Seondeok é narrada em The Great Queen Seondeok, lançado em 2009. A trama começa no final do reinado do Rei Jinheung e segue até o final do reinado da Rainha Seondeok 

윤심덕 – Yun Sim-deok (1897-1926)

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Tornou-se a primeira cantora soprano profissional e uma das primeiras mulheres a alcançar sucesso na música clássica coreana durante a era colonial japonesa. Apesar de ter tido um trágico fim em um caso de amor proibido, seu talento e popularidade abriram caminho para outras mulheres no campo da música e na indústria do entretenimento.Yun Sim-deok nasceu em uma família de músicos em Pyongyang, numa época em que a península coreana ainda não estava dividida entre duas Coreias.

Desde jovem, demonstrou talento musical e ingressou no Kyongsong Women’s Teaching College, em Seul, onde se formou em 1914. Um tempo depois foi para o Japão, onde estudou canto na Universidade de Tóquio. Sua carreira e sucesso pioneiros inspiraram outras mulheres a seguir seus sonhos e se tornarem profissionais da música e do entretenimento, mesmo em uma época em que as mulheres enfrentavam muitas barreiras para ingressar nesses setores.

Yun Sim-deok canta Hymn of Death (사의 찬미) em 1926

Sua voz encantadora e sua técnica aprimorada a levaram a se apresentar em vários concertos importantes em Tóquio e na Coreia, onde ela era conhecida como a “Rainha do Canto”. Apesar de enfrentar preconceito por ser uma mulher em uma profissão predominantemente masculina, Yun Sim-deok ganhou grande popularidade por sua habilidade vocal e foi uma inspiração para muitas jovens coreanas que buscavam se tornar cantoras profissionais.

O drama The Hymn of Death, estrelado por Lee Jong-suk e Shin Hae-sun, em 2018, Conta o romance entre o escritor Kim U-jin, que era casado, mas acaba se apaixonando pela soprano feminista Yun Sim-deok.

이태영 – Lee Tai-young (1904-1971)

Foi a primeira mulher advogada e juíza da Coreia. Além disso, ela fundou a Associação das Mulheres da Coreia e lutou ativamente pelos direitos das mulheres, em um momento em que a sociedade coreana era altamente patriarcal. Lee Tai-young também se destacou na defesa dos direitos humanos, representando vítimas de abusos do Estado durante o regime colonial japonês e a Guerra da Coreia. Ela é considerada uma figura pioneira na luta pela igualdade de gênero e pelos direitos humanos na Coreia. 

Nascida em Pukjin (antes da divisão das Coreias), Lee Tai-young estudou na Universidade Ewha Womans, em Seul. Ao longo de sua carreira, escreveu vários livros, entre eles estão: “A Mulher da Coreia do Norte” e “Nasceu uma Mulher”.

“Nenhuma sociedade pode ou prosperará sem a cooperação das mulheres” – Lee Tai-young

유관순 – Yu Gwan-sun (1902-1920)

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Conhecida como a Joana D’Arc da Coreia, Yu Gwan-sun foi uma ativista coreana e um dos símbolos da luta pela liberdade e independência da Coreia que estava sob domínio japonês. Ela foi uma das organizadoras do Movimento Primeiro de Março, em 1919 e liderou um grupo de manifestantes em uma marcha pacífica em Seul, que acabou sendo brutalmente reprimida pelas forças japonesas. Infelizmente foi presa, torturada pelos policiais japoneses e morreu na prisão. Sua coragem e dedicação ao país é lembrada até os dias de hoje.

“Meu único remorso é não poder fazer mais do que dedicar minha vida ao meu país.”
– Yu Gwan-sun

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O filme A Resistance (항거:유관순 이야기), lançado em 2019, estrelado por Go Ah-sung, Kim Sae-byuk, Kim Ye-eun, Jeong Ha-dam e Ryu Kyung-soo, retrata a vida e a luta de Yu Gwan-sun durante o período de domínio japonês.

이소연 – Yi So-yeon (1978)

Yi So-yeon é uma astronauta e biotecnóloga que ficou conhecida por ser a primeira mulher coreana a viajar para o espaço. Em 2008, ela se juntou à tripulação da nave Soyuz TMA-12 como parte da Missão Espacial Internacional e passou mais de uma semana na Estação Espacial Internacional. Como engenheira bioquímica, ela também realizou vários experimentos científicos enquanto estava no espaço, incluindo pesquisas sobre a coagulação sanguínea e a formação de proteínas. Yi So-yeon é uma inspiração para muitas jovens coreanas que buscam carreiras nas áreas de ciência e tecnologia, e sua conquista histórica foi um marco para a exploração espacial do país.

현정화 – Hyun Jung-hwa (1969)

Hyun Jung-hwa foi medalhista de ouro durante as Olimpíadas de 1988, em Seul, a primeira jogadora de ping-pong sul-coreana a vencer um Grand Slam. Sua história foi contada no filme As One – Korea, mostrando a sua participação nos jogos olímpicos com a Coreia Unificada, onde Coreia do Sul e Coreia do Norte se uniram na mesma equipe esportiva.

Nós, do Coreano Online, queremos expressar nossa gratidão e homenagear todas as mulheres que lutaram e ainda lutam por um mundo mais igualitário e justo. Feliz Dia Internacional da Mulher!

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